Domingo, 13 de Setembro de 2009
Procura os assuntos que queres estudar na barra lateral do blog
A disciplina de História ajuda-te a conhecer melhor o mundo em que vives. Através dela podes saber como evoluiu a humanidade, evitar certos erros e insistir no comportamento e valores que dignificam o homem e o tornam um ser superior. Passado, presente e futuro estão sempre interligados.
Clica neste link e aprende.
JOGOS
Estes jogos exigem o Plugin Macromedia Flash 5, senão o tiveres instalado descarrega-o gratuitamente neste link >>
Descobrimentos Abertura ao Mundo Comercio ColonialNovos Valores Europeus Renascimento Mentalidade Moderna Reformas Religiosas Barroco Barroco Português União Ibérica
Restauração Sociedade de Ordens Mercantilismo Iluminismo Invenções Despotismo pombalino Revolução Industrializada Mundo Industrializado Industrialização caso Português
Revoluções Liberais Revolução Liberal Portuguesa
Partilhado do Mundo Imperialismo Pós 1ª Guerra Mundial Revolução Soviética Primeira República Sociedade e Cultura
Anos Trinta Ditadura e Democracia Ditadura e Democracia (2) Segunda Guerra Mundial Pós Segunda Guerra Mundo Contemporâneo
Portugal Autoritário
ESPECIAL
sabes os Cognomes do nossos reis ?
- Dinastia Afonsina >>
- Dinastia Joanina >>
- Dinastia de Bragança
--
A Peste Negra foi uma epidemia que atingiu a Europa, a China, o Médio Oriente e outras regiões do Mundo durante o século XIV (1347-1350), matando um terço da população da Europa e proporções provavelmente semelhantes nas outras regiões. A peste não só dizimou a população como largamente veio agravar as condições de vida de uma Europa já muito fustigada por fomes e guerras.
Durante o período de revolução e de catástrofe que causou, instituições milenares como a Igreja Católica foram questionadas, novas formas de religião místicas e de pensar prosperaram e minorias inocentes como os leprosos e os Judeus foram perseguidas e acusadas de serem a causa da peste.
A Peste Negra em Portugal
Em nome de Deus Amén.
Porque em o ano da era de 1386 (1348) anos veio a pestilência, a mortandade por todo o mundo foi tão grande que não ficou viva a dízima dos homens que então aí havia, e em todo o dito ano morreram o prior e o chantre (o mestre do coro) e todos os raçoeiros (os que recebiam parte da renda dos mosteiros) da igreja de S. Pedro de Almedina de Coimbra uns depois dos outros todos em um mês.
Virgínia Rau, Un document portugais sur Ia peste noire de 1348, Separata de Annales du Midi, 1966
1315/19 - Fome (devido à destruição de sementeiras por chuvas abundantes)
1333 - Fome (seca)
1348 - Peste Negra
1355/56 - Crise de cereais (seca)
1361 - Epidemias
1364/66 - Peste e crise de cereais (falta de mão-de-obra)
1371/72 - Crise de cereais (guerra e inundações)
1384 - Surto de peste (um dos maiores de sempre no país)
1384/87 - Crise de cereais (guerra com Castela)
1391/92 - Crise de cereais (falta de mão-de-obra)
1394 - Fome (falta de mão-de-obra)
A Lei das Sesmarias foi promulgada em Santarém a 28 de Maio de 1375, durante o reinado de D. Fernando I. Insere-se num contexto de crise económica que se manifestava há já algumas décadas por toda a Europa e que a peste negra veio agravar. Toda a segunda metade do séc. XIV e quase todo o séc. XV foram período de depressão. A peste negra levou a uma falta inicial de mão-de-obra nos centros urbanos (locais onde a mortandade foi ainda mais intensa) que, por sua vez, desencadeou o aumento dos salários das actividades artesanais; estes factos desencadearam a fuga dos campos para as cidades. Após estas consequências iniciais verificou-se, e tornou-se característica deste período, a falta de mão-de-obra rural que levou à diminuição da produção agrícola e ao despovoamento de todo o País. A lei das Sesmarias e outras disposições locais anteriores pretendiam fixar os trabalhadores rurais às terras e diminuir o despovoamento. Segundo Virginia Rau as causas que levaram à promulgação desta lei foram: a escassez de cereais, a carência de mão-de-obra, o aumento dos preços e dos salários agrícolas, a falta de gado para a lavoura, a diferença entre as rendas pedidas pelos donos da terra e os valores oferecidos pelos rendeiros e o aumento dos ociosos e vadios. A lei pretendia: obrigar os proprietários a cultivar as terras mediante pena de expropriação, obrigar ao trabalho na agricultura a todos os que fossem filhos ou netos de lavradores e a todos os que não possuíssem bens avaliados até quinhentas libras, evitar o encarecimento geral fixando os salários rurais, obrigar os lavradores a terem o gado necessário para a lavoura e fixando o preço do mesmo gado, proibir a criação de gado que não fosse para trabalhos de lavoura, fixar preços de rendas, aumentar o número de trabalhadores rurais pela compulsão de mendigos, ociosos e vadios que pudessem fazer uso do seu corpo. A grande novidade desta lei é a instituição do princípio de expropriação da propriedade caso a terra não fosse aproveitada. Procurava-se repor em cultivo terras que já o haviam tido e que os factos já mencionados tinham transformado em baldios. A lei das Sesmarias foi como que uma reforma agrária. No entanto, não se sabe com clareza até que ponto foi cumprida e em que medida contribuiu para uma restruturação da propriedade e para a resolução da crise.
Com D. João II (1481-1495), a coroa assume decididamente a política de expansão marítima: fortalece-se o domínio português a sul das Canárias através do tratado de Alcácovas- Toledo (1479-1480), explora-se economicamente a zona do Golfo da Guiné a partir da feitoria da Mina e intensifica-se a busca da passagem do Atlântico para o índico. Para atingir este último objectivo, avançam as viagens de Diogo Cão e de Bartolomeu Dias ao longo da costa africana; ao mesmo tempo, Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã procuram, por terra, recolher informações sobre a navegação e comércio no Índico e localizar o reino do Preste João.
Caminho percorrido pela expedição de V. da Gama (a preto). No mapa está também o caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde).
A feitoria na costa da Guiné marca a primeira tentativa da ocupação portuguesa na África. Construído com o pretexto de divulgar o cristianismo entre os povos africanos, o seu verdadeiro objectivo era garantir o escoamento da malagueta, do marfim e do ouro que para aí era enviado das ricas regiões auríferas do interior. E também organizar o lucrativo comércio de escravos. O forte de São Jorge da Mina (mandado construir por D. João II) para lá de todo o tráfico comercial que exercia, tornar-se-ia o primeiro entreposto de escravos da era moderna e o pólo a partir do qual os reinos de Benin e Daomé seriam dizimados. Começava aqui o reverso da medalha da epopeia dos descobrimentos. Milhões de escravos negros serão capturados, retirados de suas casas, arrancados à vida e vendidos como animais sem alma em terras por desbravar.
Ampulheta
Quadrante (permitia determinar a distância entre o ponto de partida e o lugar onde a embarcação se encontrava, baseado na altura da Estrela Polar)
Bússola
Balestilha (para medir a altura de um astro)
Astrolábio (para medir a altura dos astros acima do horizonte)
A Caravela portuguesa deriva da longa tradição árabe das embarcações pesqueiras do sul do país (Algarve). O aperfeiçoamento deste tipo de embarcação resultou num novo e versátil tipo de navio, que proporcionou viagens mais rápidas a longa distância.No início do séc. XV começa a ser utilizada nas viagens marítimas dos Descobrimentos portugueses, sobretudo ao longo da costa africana. Eram navios ligeiros, rápidos, capazes de navegar em todas as águas e com todos os ventos. As suas velas triangulares, vela latina, permitiam-lhes bolinar, isto é, navegar com ventos contrários.
Navegação Astronómica
Se a primeira etapa dos Descobrimentos é marcada pela coragem e audácia dos responsáveis políticos e dos seus navegadores, esta também se fundamenta na capacidade de síntese e fusão de diferentes conhecimentos e experiências culturais.
A nossa posição geográfica permitia o acesso privilegiado a duas culturas náuticas distintas: a navegação no Mediterrâneo e no Atlântico Norte. Por outro lado, soubemos reconhecer e estudar a riqueza do conhecimento astronómico árabe. Do ponto de vista cartográfico, absorveu-se o conhecimento maiorquino e catalão.
Para se libertarem da navegação costeira e aproveitarem os ventos oceânicos, que os navegadores portugueses souberam dominar e compreender, foi fundamental um investimento sistemático na navegação astronómica.
Tal acontece, já no reinado de D. João II, através da generalização nos navios portugueses da náutica astronómica, com utilização de instrumentos de medição de alturas. São elaborados extensos roteiros e feitos reconhecimentos hidrográficos. A própria cartografia surge renovada, como consequência da navegação astronómica.
Através da cuidadosa (e sigilosa) recolha e sistematização de informação, forma-se um espírito de escola entre pilotos e outros mareantes portugueses. Obras tão importantes como o “Tratado da Agulha de Marear” de João de Lisboa, discutem a fundo as limitações e as potencialidades, não só dos instrumentos de navegação, como a construção naval e o domínio do cada vez mais domesticado sistema de ventos.
Este Blog dedica-se à postagem de fotos,artigos e videos que circulam livremente na internet. Qualquer anomalia ou problema de funcionamento e/ou copyright não é da responsabilidade deste Blog, dado que o mesmo se baseia em hiperligações ou links. Eventuais reclamações e outras solicitações deverão ser feitas unica e exclusivamente nas respectivas fontes de origem.
Ana Márcia