Janela do Capítulo (Convento de Cristo, Tomar)
Mosteiro dos Jerónimos
(Lisboa, detalhe)
As inovações artísticas que já campeavam um pouco por toda a Europa a partir e Itália, a pátria do Renascimento, demoraram a chegar a Portugal e, durante os séculos XV e XVI, continuaram a utilizar-se, entre nós, certos modelos e soluções estilo gótico. É no reinado de D. Manuel que algo de diferente se começa a fazer em termos artísticos e em que parece haver um florescimento das artes devido à prosperidade económica inicialmente conseguida pelos lucros do Oriente,pela a existência entre nós de um conjunto de artistas, nacionais e estrangeiros, de grande valore pela vontade de D. Manuel de afirmar a sua grandeza enquanto rei.
É neste contexto em que ganhou forma a corrente artística arquitectónica a que se chama Manuelino e que, do ponto de vista da arquitectura, seja visto ainda como uma variante do estilo gótico, apresenta originalidades, em particular nos motivos decorativos:
-Elementos relacionados com as actividades marítimas, como amarras, bóias de rede,conchas e corais;
-Elementos de carácter vegetalista e naturalista, por exemplo troncos podados, folhas e alcachofras;
-Símbolos reais e nacionais como a esfera armilar, a cruz da Ordem de Cristo e o escudo das quinas.
De entre os principais edifícios deste estilo, contam-se a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, o Convento de Cristo, em Tomar, a Igreja da Graça, em Évora, o Convento de Jesus, em Setúbal e outros.